sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Jean Noël!

Dessa vez, vê bem o que me inspirou a tudo escrever:
"Minha cara recitadora, escritora e menina-mulher dos cachinhos dourados... Nossos pensamentos são tão complexos... Falamos, debruçamos em nós e em nosso redor as emoções mais explícitas de nossas almas. Que estão à flor da pele pedindo para serem jogadas aqui, escancaradas para nos aliviarmos...

Mas afinal o que importante? Não é o por do sol? E o arco-íris? E o sorriso numa criança? E um abraço de um amigo que não via há 1 ano ou 2 se não me falha a memória? E um almoço em família? E as belas e inesquecíveis gargalhadas às 2 horas da manhã (xiii... mais baixo, ninguém pode acordar!)? hehehe

E nos achamos tão complexos e queremos viver de forma tão simples... Então seria ser simples a mais complexa e bonita forma de viver? Ah, que pensamentos mais engraçados estes. Nos vemos como compostos e no fim queremos ser apenas um sujeito simples.

Um dia o meu desejo é deixar de me perguntar o porquê de tudo e sim acreditar que "nada sei" e de que adianta saber? E que o importante é viver cada detalhe mas sem se preocupar com nada mais além que minha diversão e dos meus amores. (Mas sei q é difícil! Ah nossa mente veloz...)

Bjooos ;*    ".  Bilhetinho escrito pelo Jerocílio no post passado.

      Acabou acontecendo, dia 28 de novembro de 2011, às 22h20 em Manaus. Jean e seus olhinhos nos deixaram, deixaram o mundo terreno para conhecer a casa de Nosso Pai. Ele, por amor, já estava se afastando desta cara recitadora, escritora e menina-mulher dos cachinhos dourados. Justamente por meus pensamentos tão complexos e pelas emoções que estão tão à flor da pele. Por amor, ele queria que "sa petite Rhaíssa" se concentrasse na faculdade. Queria vê-la formada e boa médica. Et tu vas voir!

      O que importa? Importa muito o seu sorriso escondido na barba, suas sábias palavras, seus ensinamentos de francês, de fé e da vida! Importa, Jean, que pela tua doença, me ensinaste a encontrar motivos para sorrir todos os dias, os mesmos motivos que levavam os outros a me acharem louca ou "feliz demais" certas vezes. Apenas e muito mais que apenas, me ensinaste o valor da vida. Sim, me ensinaste a apreciar o pôr-do-sol, um arco-íris, um amigo, um almoço em família, as nossas gargalhadas, com certeza! Poderia até acrescentar que ensinaste a apreciar o ar doce e efêmero das borboletas assim como as revoltas chuvas que tanto temos aqui. Merciiii! Merci monsieur dictionnaire! (risos).

     O que importa é que eu tenha guardado tudo isso bem guardado no coração, tudo que nos deixaste de bom. Essas sementinhas de Feijão mágico que plantaste aqui um dia vão sim crescer para que ainda possamos te visitar aí no céu. Un jour, fleur du jour!

     Bem, neste escrito, eu já não escrevo como de costume escrevo. Talvez para ser simples e não tão complexa como gosto de inventar ser. Então, sem rodeios, eu digo. Esse Natal não será nem um pouco como todos os outros. Poucos presentes materiais; mas um ausente que faz muito mais falta, bien évidemment!

     Jean, que nesse Natal tu possas acalentar o coração de teu par, a senhora minha mãe. Ela também espera que uma estrela cadente a faça brilhar. Pra ela, o Natal sempre foi algo de mágico e cheio de Deus e do Espírito Santo em nossas vidas. E que ele continue a ser! Ora por nós ai de cima, nosso anjo da guarda. Tu restes toujours responsable pour ceux qui tu as apprivoisé; et on était plein, tu le sais!

Como diz em francês, Joyeux Noël, ou melhor, Jean Noël à tous!
Et qu'il soit joyeux comme toi, J'♥.

[Guitarre classique, comme tu aimes] 

                                                                                                                           Rhaíssa.