sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Jean Noël!

Dessa vez, vê bem o que me inspirou a tudo escrever:
"Minha cara recitadora, escritora e menina-mulher dos cachinhos dourados... Nossos pensamentos são tão complexos... Falamos, debruçamos em nós e em nosso redor as emoções mais explícitas de nossas almas. Que estão à flor da pele pedindo para serem jogadas aqui, escancaradas para nos aliviarmos...

Mas afinal o que importante? Não é o por do sol? E o arco-íris? E o sorriso numa criança? E um abraço de um amigo que não via há 1 ano ou 2 se não me falha a memória? E um almoço em família? E as belas e inesquecíveis gargalhadas às 2 horas da manhã (xiii... mais baixo, ninguém pode acordar!)? hehehe

E nos achamos tão complexos e queremos viver de forma tão simples... Então seria ser simples a mais complexa e bonita forma de viver? Ah, que pensamentos mais engraçados estes. Nos vemos como compostos e no fim queremos ser apenas um sujeito simples.

Um dia o meu desejo é deixar de me perguntar o porquê de tudo e sim acreditar que "nada sei" e de que adianta saber? E que o importante é viver cada detalhe mas sem se preocupar com nada mais além que minha diversão e dos meus amores. (Mas sei q é difícil! Ah nossa mente veloz...)

Bjooos ;*    ".  Bilhetinho escrito pelo Jerocílio no post passado.

      Acabou acontecendo, dia 28 de novembro de 2011, às 22h20 em Manaus. Jean e seus olhinhos nos deixaram, deixaram o mundo terreno para conhecer a casa de Nosso Pai. Ele, por amor, já estava se afastando desta cara recitadora, escritora e menina-mulher dos cachinhos dourados. Justamente por meus pensamentos tão complexos e pelas emoções que estão tão à flor da pele. Por amor, ele queria que "sa petite Rhaíssa" se concentrasse na faculdade. Queria vê-la formada e boa médica. Et tu vas voir!

      O que importa? Importa muito o seu sorriso escondido na barba, suas sábias palavras, seus ensinamentos de francês, de fé e da vida! Importa, Jean, que pela tua doença, me ensinaste a encontrar motivos para sorrir todos os dias, os mesmos motivos que levavam os outros a me acharem louca ou "feliz demais" certas vezes. Apenas e muito mais que apenas, me ensinaste o valor da vida. Sim, me ensinaste a apreciar o pôr-do-sol, um arco-íris, um amigo, um almoço em família, as nossas gargalhadas, com certeza! Poderia até acrescentar que ensinaste a apreciar o ar doce e efêmero das borboletas assim como as revoltas chuvas que tanto temos aqui. Merciiii! Merci monsieur dictionnaire! (risos).

     O que importa é que eu tenha guardado tudo isso bem guardado no coração, tudo que nos deixaste de bom. Essas sementinhas de Feijão mágico que plantaste aqui um dia vão sim crescer para que ainda possamos te visitar aí no céu. Un jour, fleur du jour!

     Bem, neste escrito, eu já não escrevo como de costume escrevo. Talvez para ser simples e não tão complexa como gosto de inventar ser. Então, sem rodeios, eu digo. Esse Natal não será nem um pouco como todos os outros. Poucos presentes materiais; mas um ausente que faz muito mais falta, bien évidemment!

     Jean, que nesse Natal tu possas acalentar o coração de teu par, a senhora minha mãe. Ela também espera que uma estrela cadente a faça brilhar. Pra ela, o Natal sempre foi algo de mágico e cheio de Deus e do Espírito Santo em nossas vidas. E que ele continue a ser! Ora por nós ai de cima, nosso anjo da guarda. Tu restes toujours responsable pour ceux qui tu as apprivoisé; et on était plein, tu le sais!

Como diz em francês, Joyeux Noël, ou melhor, Jean Noël à tous!
Et qu'il soit joyeux comme toi, J'♥.

[Guitarre classique, comme tu aimes] 

                                                                                                                           Rhaíssa.

sábado, 19 de novembro de 2011

"A vida é uma Ópera"

     Se acaso ainda não tenha ficado evidente, leitor minimizado, qual é uma das minhas mais óbvias influências nestes escritos, espero que a frase acima tenha lhe ajudado. Um belo conselho ao ler os tais ditos, contrário a outra citação do mesmo que me empresta um certo estilo linguístico e literário: "Consulta os dicionários!" Pesquisa, vai a fundo e retira esta preguiça mental de compreender o falado e o dito e, sobretudo, o não-dito e o não falado. Se ao menos te questionas e te interessas em entender, já venci a maior barreira! E depois, com imenso prazer explico, como quem responde sinceramente: Não, o prazer é todo meu. Apenas gosto de incitar tua curiosidade curiosa em saber o que ponho à mesa sobre a qual te debruças e te serves. Com esforço compreendo também que nem todos apreciam o ar gastronômico e astronômico das Palavras. Se aqui te incluis, fica, pois, exposto o convite para não esqueceres que tudo isto é um Recital.
      Voltando ao que deveria ser o começo, se já me conheces, vai, perdoa o começado de divagações. Como já dito em fotos "minhas" facebookianas que parecem muito mais interessantes a mim do que aos outros, divagações... São inerentes a mim mesma mercê (risos). Tudo bem, urge a ti pelo o que percebo, fatigado leitor, o tão esperado




INÍCIO.
        A vida é uma Ópera. A explicação que deu ele no capítulo IX, de tudo não me agrada. Vê, apesar de gostar de algo, não aprecio por completo. Acredito que a maior diferença entre mim, um ser humano, e o gatinho, bichano mesmo, que está deitado ao pé de mim, é a capacidade que tenho em pensar criticamente e assim avaliar e aceitar ou não o que me é imposto. Entre tais saudáveis discordâncias, coloco minhas saladas  de teorias. Posso ser eu então a tenor? Bem, se quiseres abandonar a leitura aqui, é uma pena. Retruco que até este bichano vai me escutar; ela já dorme e tudo isso será como música para seus ouvidos. Miau! (risos).
       Estamos no mundo das aparências no qual a verossimilhança conta mais que a própria verdade [trecho capturado de "Fragmentos" de uma obra de Luiz Fernando Carvalho]. Oh, meus parabéns, Rhaíssa, que bela novidade vem nos trazer. Largue de mim! Já percebeste que discursei indiretamente com a mesma interlocutora que fala? (risos). Entenda que da mesma forma como digo ser uma e depois digo ser outra, neste mundo ora pareço ser uma, ora pareço ser outra. E não, leitores projetinhos de médicos, grupo no qual me incluo felizmente, não me venham em falar de transtornos de personalidade ou transtorno dissociativo de personalidade. Descansa essa vil mente patológica, faz favor! Dá-te o luxo de esquecer, pelo menos até o ponto final, que estudas tal faculdade. Não faz mal perder as faculdades mentais, vez em quando, se te pões limites indolentes e adolescentes (risos).
       É este o louco mundo em que parei e pirei, leitor, meu caro leitor. Mundo de máscaras, vida de Óperas. Como resposta a tudo isto, tentei ser a mais transparente possível, ser eu mesma espontaneamente na tentativa de tudo ponderar e não aceitar o que manda o figurino. Porra de figurino! Primeiro palavrão! Muito bem, Rhaíssa! E o que vão pensar ao ler isto? Ora, vão pensar que talvez eu nem importe com o que eles pensam. Engano, famoso engano! E não é que me importo? E por tanto me importar é que insisto em não parecer que me importo. Foi talvez inconsciente, diriam teorias psicanalíticas. Para proteger uma frágil e romântica menina, fez-se a maluca e mascarada Rhaíssa. Gosto das duas e não pretendo perder nenhuma delas, meu leitor amado (risos). Amadurecimento, transposição de fases, menina-mulher. Uma parte da Ópera da vida que escuto vendo a linda mágica das máscaras.

 
[Ia colocar uma foto minha ao invés de música nesta Ópera-bufa que finalizaria no paradoxo em não ter música! Mas, ser técnica em desinformática não ajudou e o Acaso me soprou a ideia de colocar o que me deu a ideia em escrever tais linhas. Une chanson de Julien Doré; celui que lui aussi confronte le monde de masques de sa propre façon avec passion et humour].


                                                                                                                          Rhaíssa.

sábado, 22 de outubro de 2011

Complete aqui:

"Aqui, Rhaíssa:    ...........................................................  ".


Caro leitor leitor e leitora leitora deste blog. Perdoa o tempo e a demora, fizeram-se infinitos motivos para tal ..................................afastamento. Completo-me aqui. Tinha saudades e confesso também que percebi, além da minha própria falta, a ausência do acordo literário publicado por mim. A ti prometi e por ti vou cumpri-lo com esta prosa em versinhos. Ela pode mesmo distoar com a face que até aqui apresentei; mas não a escondo, meu caríssimo leitor, afinal, todas elas me completam.

Logo adianto que a escrevi em 2009: ano de revoluções e vestibulares próprios contidos numa escola, falando em lato senso, de plenos status e estatutos.

                     "Raiz materna

Sociedade capitalista assim educa
Suas mulheres: Barbie,
Bonita, popular, rica e sem cuca.
Iguais, todas produzidas em série
Assim devem ser as progenitoras
dos advogados, médicos e empresários
Futuros comandantes do país
Sem valores e falsários.

Depois reclamam:
'O Brasil não vai pra frente!'
Os líderes corrompidos sujam
O país esquecedor de gente
Povo que se alegra com pouco
E que enfrenta as consequências finais
Do sistema capitalista louco,
Que engole a fonte de humanidade:
As mães.


Agora são mulheres robôs
Que não se recordam da Família
Esquecem o valor dos Valores
E tentam se igualar aos homens corrompidos
Que dirijem a sociedade.
Opa! Esqueceram-se de seus filhos
Os poucos que ainda sobraram
Entupidos por brinquedos e aulas
Cuidados por babás,
Sem limites e autoritários;
'Deixa! O Mundo os educará'.

Depois espantantam-se com o que criaram.
Sem humanidade das Mães,
São meras mercadorias
Manipuladas por consumismo e moda
Assim é a juventude sem voz
E sem Mãe."


Depois dessa, que tal uma musiquinha para completar? Letra e vídeo debochados e engraçados que certamente preenchem bem os versos supracitados.

       



                                                                                                            Rhaíssa Bentes Leonel

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ensaio sobre a loucura

[Escrito não como quem lhes joga indiretas, mas dedicado, como quem especialmente a estes mostra, em ordem alfabética, a: Arienne, Camila Maria, Juliane Souza, Katienne, Luciano Monteiro, Stephany e Zelando também dedicatórias a todos que assim desejarem].

     Sinceramente não sei ao certo que sensação este título te provocou, caro leitor. Vê bem que o meu intento está longe de te causar medo ou susto. Aceito o riso já que com certeza daria gargalhadas "contigo", mas ponha-te limites. Sabes que eu preferiria teu sorriso de compreensão.
      Toda esta construção de conhecimentos nada facultativa da Faculdade de Medicina é um tanto enriquecedora e necessária, verdade seja dita. Mas, como já me falavam: é preciso ser um pouco louco para enfrentar tal desafio. [Breve parênteses, ou chaves ou até Seu Barriga já que não são tão breves, para dizer que estou numa louca confusão para escrever tudo isto; p a l a v r        a     s  nã   o  sae    m  fa  c i     l ment                  e]. Com toda sinceridade, digo que assumo essa tal "loucura" da qual tanto tenho sido acusada. Assumo sorrindo, leitor desmedido, e até, como se diz nos tais 144 caracteres, jogo da velha rindo alto (risos). Advinhas por quê? Não, eu não estou rindo de mim mesma. E não, não penses que eu vou explicar tudo, meu bembem. Ei, já te perdeste? Pega tuas sapatilhas, vamos ensaiar!
      Gosto de acreditar no ser humano e suas faces com alma, espírito e corpo. Disso tudo, podia já retirar um resumo bem fascinante, dito mente. A mente humana, ao meu ver, leitor leitor, não pode ser limitada somente ao que vê; ela cria e com capacidades totalmente inimagináveis. Boa antítese, não? Criações inimagináveis da mente (risos)! Então, atando as pontas mostradas... O estudar enfadonho de tudo tão medicalmente real provoca na mente desta que escreve, e escreve propositalmente de forma confusa para que entendas um pouco o que se passa aqui dentro, uma talvez gostosa "loucura". Até Anna Freud convido pra me defender. Ela descreveu os chamados mecanismos de defesa do ego, leitor nada leitor. Vê o argumento que ela emprestaria sob criação minha, por certo. Minha mente aprendeu a gostar de criar, lendo livros, vendo filmes, ouvindo músicas ou mesmo prestando atenção numa aula de Patologia, e. g.. Inventa de tudo e se defende do mundo, fazendo piada de tudo ou até mesmo escrevendo; são mecanismos de defesa que encontrei e com os quais até rimei.
      Que tal? Pegaste a coreografia? Não? Devem ser estas sapatilhas velhas, desgastadas que te calejam. Calma, tome estas novas. Mas, precisas de ensaio e principalmente de sensibilidade. Ouve a música que a tua vida toca, leitor desengonçado. Olhe a ti mesmo no espelho para enxergar-te um pouco mais. Vê? Também estou tentando.  Percebe agora que julgamentos enfadonhos enfadonham enfadonhamente e subjulgam os julgados. Diriam, o que é ser "louco" afinal, tresloucado amigo, não é, Bilac? Onde estaria o limite do normal, patológico e quem sabe, até do genial? Isto tudo é tão subjetivo que eu prefiro calçar minhas sapatilhas, e o meião, e pôr a saia, melhor, quero agora um tutu e...

                                                                                                                             Rhaíssa Bentes Leonel

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Publicação de bolso


    Meus cabelos muito longos e com cachos até a ponta me divertem. Parecem indomáveis e bonitinhos neles mesmos, assim. Até o ventilador os divertem. Fazem-nos dançar pelas minhas costas, só para me serem engraçadinhos.
   Talvez ainda te ajude se escutares essa música que eu escuto agora escrevendo desta forma, breve e com pontinhos, para caber no teu bolso. Só pra compensar com leveza todas as reflexões e aventurices deste recital.
                                                                                                    Rhaíssa Bentes Leonel

sexta-feira, 29 de julho de 2011

"Você" só não está sendo filmado, mas...

    Casualmente, pretendo falar-te sobre um acaso. Acaso não entendas, eu caso então todos os acasos e te explico sem fazer caso.
    Não é um trava-línguas não, meu bem (risos). Não te traves, abre os olhos, vamos lá... Casualmente refere-se ao tempo em que te proponho certa reflexão. Acaso é a personagem principal deste escrito, usada na sua substância ou na sua conjunção. Juntarei todas as ideias e análises psicológicas referente ao Acaso, fazendo-se assim muitos, de forma explicada e paciente, assim espero, caro leitor desamparado.
    Mal compreendo bem em que tempos esta reflexão me tomou, parecia ir e voltar de acordo com a presença dele. Comecei a perceber o Acaso fazendo mudanças. Certo que tudo estava de uma forma tão comum e ordinária como uma linha fabril de produção em série, dessas em que posso ver até mesmo produzindo formas humanas. Sim, humanas! Já viste por aí sim, tenho certeza, leitor. Eu percebo mais as "barbies" e os "Gadgets" da mídia. Estes por sinal geralmente têm a força de muito, ou levemente afinal nem tudo é tão ruim assim, me irritar.  Rapidamente, da mesma forma em que pulo de uma reflexão própria de volta ao que contava, perdoa... Eis que ele assombra toda a rotina e devasta com o diferente. O Acaso, por certo, causa medo em muitos, os mais conservadores. Não lhes tiro o mérito. A dor e a experiência já adquiridas fatalmente nesta guerra podem melhor justificar tais anseios. Mas, o Acaso tem um certo poder, não sei como, de encantar perdidamente as jovens mentes. Essas estão sedentas por ele, e tornam-se mais fortes e vitoriosas à medida que vão enfrentando seus desafios bravios. Bravios, vá! Sob a perspectiva das curiosas cabeças, o Acaso, por mais que traga dificuldades, pode sempre trazer tudo de forma positiva. É para engrandecer a alma, já me dizia um guerreiro nobre de longas datas.
    O Acaso sorri para aqueles que o abraçam. Este abraço pode ser de forma convicta ou desconfiada. Ora, cada um tem sua própria armadura, seu próprio cavalo e sua forma de montá-lo para ir à batalha. Porém, o fato que é há o gesto, caro leitor. E me perguntas, como então ele se faz presente? Posso citar-te uns exemplos, mas casa também na tua cabeça teus próprios acasos e exemplos. Quando andavas só, andando mesmo colocando um pé a frente do outro e estando só por necessidade ou falta de escolha, veio-te um alguém, desses que há tempos não vias e o que coração gosta de rever por serem queridos, ou somente memoráveis. Ou os dois, a escolha é do coração que sente, leitor, e de forma involuntária bate. O pior de tudo ou melhor, vai da mágica dos olhos que percebem a cena, é que quando queres repetir, por tua própria decisão e somente por ela, um acontecido semelhante e procuras alguém de importante, parece afastar mais ainda a possibilidade de encontrá-lo. Não era o momento. Vê bem, é o Acaso! Ele nos prega surpresas e estas apenas merecem o nome se realmente fores surpreendido.
   São inúmeros os lugares que casualmente um acaso se encontra. Pode ser num livro ou CD, ou dos dois e um DVD ou até um vinil... Vá, uma propriedade cultural que tomaste e, sabe-se lá porque compraste ou ganhaste, simplesmente te fascinou. Pode ser numa hora em que andavas pelo metrô te preocupando com horários e nesta hora ouves uma canção tocada por um qualquer ali no corredor da estação ou no próprio vagão. Dessas canções que fazem parar relógios, relógios biologicamente construídos e badalando sinos, sinos repetidos e se repetindo, do dia-a-dia todo dia nas mentes que talvez só quisessem escutar mais do novo e do inesperado.
   E assim, se faz o Acaso, dito também Deus aos olhos desta cristã confessa. Ele está sempre trabalhando porque, em verdade, o mundo precisa girar, muda a todo instante e não cessa. Muito bom é perceber  mudanças significativas assim com esses olhos físicos e materiais que nos foram dados, causando as citadas surpresas como se fosse Ele mostrando-se e mexendo os "pauzinhos".  Se o Acaso sorrir, construído ou não pelas mãos de Deus, vai da crença do leitor... Mas, sorria também!
                                                                                                        Rhaíssa Bentes Leonel

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Aceita?

       Ei, quero te oferecer uns biscoitinhos. Não posso prometer arrancar-te risos, caro leitor, pois estes, pra mim, envolvem muito mais sons e até mesmo gargalhadas, enquanto que sorrisos consistem mais em gestos. Porém, a esta que te escreve, com certeza são biscoitinhos com risos. Toda a situação muito me sugere minha peculiar capacidade de ser às vezes um pouco "maluquinha" aos olhos dos outros. Quando dizem sem excessos e arrogâncias,  isto simplesmente me provoca risos. Como diria nosso caro Machado de Assis, é o que vais entender lendo.
       Antes, atenta, leitor, que isso aconteceu já faz quase um ano. Minha memória pode acabar sendo falha, mas dobrarei os esforços para não ser tão omissa. Pois bem... Era final de festa, dessas boêmias que acontecem no meio dos "projetos a médicos", como que para aliviar tanto estresse e pressão. Meus pés já não continham mais nos meus sapatos; estes já se encontravam nas mãos mesmo. Vá, tinha acabado a música, já amanhecia e estávamos quase a expulsar os insistentes. Era tudo sujeira onde eu pisava, mas já não me importava. Caro leitor do sexo masculino, não reclamo pois já é hábito, mas te sensibiliza aqui que é muito cansativo usar salto alto durante umas quatro horas e ainda dançar, e dançar muito, como no meu caso particularmente (risos).
      Como tinha dito, o sol já nos dava bom dia. E  fiz também isto, muito alegremente (sem ironias), a todos meus colegas ali presentes, mesmo ainda sob efeitos nada alcoólicos de organizar uma festa para tantos iniciantes, semi ou até mestres alcoólatras, sem ofensas. Cada um com seus problemas e forma de encará-los. Sei que não posso dizer que deste veneno, nunca provarei. Por enquanto não o faço, ou faço muito minimamente, e me sinto bem assim. E advinha? Enquanto ficava sentada no aguardo da carona para a volta à casa, lá me veio um "pinguncinho". Confesso que já parecia sóbrio, não gaguejava e nem estava tonto; como se seu fígado já tivesse tudo degustado (risos). Foi se achegando, apesar do meu desconfio e discrição. Não me lembro ao exato como começou ele a conversa, ou talvez monólogo, sei que começou. Tu é muito linda, e muito mulher, isso dá pra ver no teu olho! Paro um instante para relevar isto; era a frase que ele mais repetia e com muita empolgação (risos). Cara, tu é muito mulher. Eu, com muito receio e distância, agradecia. 
         E ele prosseguia. Você não é mulher de reclamar muito da vida; te vi descalça com o pé todo machucado andando no chão sujo. Guardei-me um pouco o riso, para ele não me interpretar mal. Não o descrevi ainda, certo? Ele parecia ter uns trinta e poucos anos, meio magro e alto, com marcas ainda de espinhas no rosto; a sua fisionomia em si não guardei, afinal evitava seu olhar. E mais uma faladinha, dentre os goles na cerveja. Você é uma mulher muito forte. Aí eu não me segurei. Olha, sinceramente, na minha faculdade ultimamente não tenho me achado forte assim não, pelo contrário (risos). E ele retrucou-me dizendo que apenas eu ainda não tinha descoberto essa força. Nossa, bela tacada, pensei (risos)! Já ao final da conversa, e eis uma ideia inesperada. Cara, quero casar contigo...Quantos anos você tem? Não menti, odeio mentir. Tenho 17. E lá vem ele. Cara, tu é "baby" ainda, muito "baby". Chegou a me perguntar se eu não queria dar o meu número de telefone para ele me ligar daqui uns dez anos. Já estava eu bem receosa e ao mesmo tempo querendo me demorar para receber mais elogios. Hás de concordar comigo, caro leitor, que isso faz muito bem ao ego, principalmente quando ele não anda muito bem como era o meu caso. Logo inventei a desculpa de que a carona já estava para chegar e de lá me afastei. Depois veio ele ou eu, não sei, de novo. Ele ainda chegou a repetir algumas coisas já ditas, mas o novo encontro não rendeu tanto. A carona acabara por chegar realmente.
     No caminho, ria sozinha. Como era possível? Ele nunca tinha me visto antes, eu mal abria a boca e mesmo assim parecia que já me conhecia faz tempo (risos). Ou seria só efeito do álcool misturado a uma vã liberdade de me "paquerar"? Eu sinceramente não sei. Porém, a possibilidade de acreditar que um bêbado foi a pessoa até agora que mais me compreendeu sem eu precisar muito dizer, muito me diverte (risos, ou melhor gargalhas)!
                                                                                                                 Rhaíssa Bentes Leonel

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Lar.

       Preciso ter cuidado comigo mesma, sabes. Talvez este recital comece a tomar rumos diferentes aos prometidos ou esperados. O que ele seria enfim? Uma exposição do conjunto de letras que me engasgam? Reafirmo, então, que componho a partir do quê me inspira. Não quero paredes com escamas e cascas como as desse mundo. Pretendo apenas ser eu, escrevendo. Se é assim, que tal compor?  Disseram-me as ruminescências de meus pensamentos, da mesma forma como o vento sopra ao ouvido num cochicho. Pois bem, retruco-lhe que já se faz a ocasião. 
     Neste meio tempo em que espero e oro para que meus bens queridos voltem ao lar... Sim, caro leitor, minha mãe e seu par! Não me agrada muito explicar minhas próprias palavras que com apreço brinco, mas se é para o entendimento da Nação, diga ao povo que explico! (Risos) Ainda assim, farei só por meias explicações; faz um esforço, leitor moroso ou leitora morosa. E lembra, trato-te "leitor" sem especificações de gênero e para que eu não me prenda a um universo apenas de leite de rosas, como me foi sugerido em um bilhetinho que recebi (risos).
      Como dizia, enquanto espero que eles voltem para casa, tenho tratado eu de voltar ao meu próprio lar. Esta palavra dita a pouco, este tal lar de substantivo comum torna-se próprio. Próprio para mim, próprio para a Rhaíssa, o meu Lar. Este é, e não está, em mim mesma em meio a: "longas e curtas" de Charles Chaplin, um certo País das Maravilhas escrito por Lewis Caroll, contos de Clarice Lispector, a minissérie Capitu (uma aproximação a uma obra de Machado de Assis), belas canções de Beirut, de Mumford and Sons... Dentre outras infinidades de artes belas. Confesso, quando gosto de algum manifesto artístico que seja, até mesmo uma frase, eu gosto é do gasto, como diria uma música na voz de Rodrigo Amarante. Gosto sem economias, de forma entregue e apaixonada, como um fascínio estranho sem talvez possível expressão escrita, pois acabo de tentar fazê-la (risos). Contenha-te, leitor em si mesmado, eu não quero aqui provocar discussões. Apenas te mostro um pouco do que é o meu Lar, agradando-te ou não caso possa corresponder aos teus próprios gostos. Vê ao menos que existem outros mundos tão belos como os teus se vistos por outros olhos que não os teus.
        Todo esse meu Lar é belo sim. Mesmo que futuramente ainda possa precisar de reformas ou mesmo demolições, agora construo uma bonita parte que muito me encanta de um jeito que não sei se compreendes. Na verdade, não é importante que tudo entendas da mesma forma como eu sinto, se não serias uma Rhaíssa também, uma dessas aí bem "maluquinha" (risos). Importa que tomes a consciência de que tudo aquilo me é importante e me fascina. Isso já me basta.        
                                                                                              Rhaíssa Bentes Leonel

quinta-feira, 14 de julho de 2011

J'♥

       Vê o calendário... 14 juillet, mesdames et messieurs! Não te aflinjas, não irei escrever em francês, mas sim por um certo francês. Um dos olhos azuis que fazem par aos castanhos claros de uma certa Maria Luiza, minha mãe. Perdão, caro leitor, se começo meu recital com um tom talvez nem tão poético ou muito menos com leite e biscoitinhos. Porém, cabe aqui a inspiração de escrever sobre o que me comove.
       Vejo-o através de portas e de uma máscara. Leucócitos e plaquetas baixas provocam, como consequências de uma enfermidade, tal isolamento. Melhor evitar o contato, dizem-me. Necessito de ficar mais ao lado da minha irmã, que agora está gripada, visto a necessidade de não pararmos de viver nossas vidas. Aulas de direção para esta que aqui escreve; e trabalhos, idas ao supermercado, "leve-e-traz" de exames e autorizações para a única que ainda tem a liberdade e responsabilidade da chave de um carro, minha irmã. Enquanto que continua lá, a Super-mulher, senhora minha mãe, (sem ironias) cuidando do seu francês. Se ainda alguém tem dúvidas se existe amor verdadeiro, empresto-te meus olhos para mostrarem o que vejo todos os dias. Não te entristeças, caro leitor; tudo isso é bem menos pesado do que talvez imaginas... E também não é tão leve! Vá, encontra um equilíbrio nessa tua sensação ou teu sentimento.
       Dona Maria Luiza é forte na queda, ora muito e apesar dos choros e fraquejadas que ajudo a segurar, ela não deixa de assistir seus jogos de futebol ou de conversar (e por que não bagunçar muito, risos) com suas filhas. Pela minha jovem e fértil mente, passam imagens de todos os tipos e em todos os sentidos. Já tive momentos angustiantes e tristes que me fizeram escutar um: "Mudaste, Rhaíssa; estou marcando 49 quilos e pouquinho". Fato este que ainda me impede, apesar do esforço, de doar sangue pela Campanha que tanto tenho pregado infelizmente. Mas, penso que não demora muito e conseguirei; semana que vem, assim espero.
      Confesso-te, caro leitor: sinto-me mais calma e tranquila. Conversar com bons amigos e amigas e até mesmo escrever neste blog, com toda certeza, muito me ajudam. No entanto, dentre tudo e todos, principalmente está Deus que inexplicavelmente agora me coloca um sorriso no rosto e me oferece muitos biscoitinhos (risos). Desculpa, não escondo mais quem sou; já me rendi à sinceridade e à transparência. Além de tudo que viste na minha apresentação do blog, ponho mais um detalhe de grande importância: sou cristã.
Que tudo continue assim, mesmo que eu não saiba o dia de amanhã, este a Deus pertence. Com esperança e fé devo seguir e este é um conselho que eu mesma me dou, acredita.
                                                                                                     Rhaíssa Bentes Leonel

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sente-se ^^

Seja-bem vindo ou bem-vinda, meu bem.
        Apresento meu recital, uma expressa mistura de música, poesias, poeminhas, prosas ou sei lá mais o quê eu for inventar. Gostaria que se sentisse em casa, ou se permites a palavra, posso tratá-la, pessoa, como "tu"? Já é hábito, vá, não me falta polidez. Pretendo assim apenas conversar mais diretamente. Pois bem, já te acostumas, minhas palavras farejam e correm atrás do fluxo da minha consciência. Às vezes se perdem, mas na maioria das vezes se pregam à minha saia e logo as recupero.
       Deixa-me recolher minhas ideias precocemente expressas e mal terminadas... Feito! Como dizia, quero que te sintas à vontade, eventualmente guardando o pudor e o respeito, faz favor. Para que aprecies o recital, sirvo-te um pouco de leite, não gosto de café. Café ainda não me agrada, assim como chocolate preto e não me invento diferenças. Apenas, não aprecio o gosto, talvez temporariamente;  a necessidade pode até me fazer descobrir, pelo café sobretudo, outras opiniões.
       Será, portanto, leite! Vá com calma, é leite de rosas. Ele tem um gostinho de romance claramente porque sou eu que cultivo as rosas. Gosto de romances: romântica assumida assumindo ser ela mesma. E tua boca também terá direito ao deguste de uns biscoitinhos. Têm de todas as formas e jeitos e são para provocar o riso. Inesperadamente serão feitos, até mesmo eu vou descobri-los.
       Depois de aproveitar ou desaproveitar o que lerás, escutarás ou sentirás, dependendo da tua sensibilidade e imaginação, podes me escrever um bilhetinho, dito comentário ou "post", muito agradeço.
      Vale o aviso que talvez o recital seja temporário, que muito me enfadonhe essa atividade, que não haja público, que o tempo me tire a inspiração, que não atinja as tuas expectativas, caro leitor, ou que simplesmente não me agrade mais a ideia de fazê-lo por motivos que ainda ignoro. Porém, enquanto as cortinas ainda estão abertas, senta-te e seja-bem vindo ou bem-vinda.
                                                                                                 Rhaíssa Bentes Leonel