sábado, 19 de novembro de 2011

"A vida é uma Ópera"

     Se acaso ainda não tenha ficado evidente, leitor minimizado, qual é uma das minhas mais óbvias influências nestes escritos, espero que a frase acima tenha lhe ajudado. Um belo conselho ao ler os tais ditos, contrário a outra citação do mesmo que me empresta um certo estilo linguístico e literário: "Consulta os dicionários!" Pesquisa, vai a fundo e retira esta preguiça mental de compreender o falado e o dito e, sobretudo, o não-dito e o não falado. Se ao menos te questionas e te interessas em entender, já venci a maior barreira! E depois, com imenso prazer explico, como quem responde sinceramente: Não, o prazer é todo meu. Apenas gosto de incitar tua curiosidade curiosa em saber o que ponho à mesa sobre a qual te debruças e te serves. Com esforço compreendo também que nem todos apreciam o ar gastronômico e astronômico das Palavras. Se aqui te incluis, fica, pois, exposto o convite para não esqueceres que tudo isto é um Recital.
      Voltando ao que deveria ser o começo, se já me conheces, vai, perdoa o começado de divagações. Como já dito em fotos "minhas" facebookianas que parecem muito mais interessantes a mim do que aos outros, divagações... São inerentes a mim mesma mercê (risos). Tudo bem, urge a ti pelo o que percebo, fatigado leitor, o tão esperado




INÍCIO.
        A vida é uma Ópera. A explicação que deu ele no capítulo IX, de tudo não me agrada. Vê, apesar de gostar de algo, não aprecio por completo. Acredito que a maior diferença entre mim, um ser humano, e o gatinho, bichano mesmo, que está deitado ao pé de mim, é a capacidade que tenho em pensar criticamente e assim avaliar e aceitar ou não o que me é imposto. Entre tais saudáveis discordâncias, coloco minhas saladas  de teorias. Posso ser eu então a tenor? Bem, se quiseres abandonar a leitura aqui, é uma pena. Retruco que até este bichano vai me escutar; ela já dorme e tudo isso será como música para seus ouvidos. Miau! (risos).
       Estamos no mundo das aparências no qual a verossimilhança conta mais que a própria verdade [trecho capturado de "Fragmentos" de uma obra de Luiz Fernando Carvalho]. Oh, meus parabéns, Rhaíssa, que bela novidade vem nos trazer. Largue de mim! Já percebeste que discursei indiretamente com a mesma interlocutora que fala? (risos). Entenda que da mesma forma como digo ser uma e depois digo ser outra, neste mundo ora pareço ser uma, ora pareço ser outra. E não, leitores projetinhos de médicos, grupo no qual me incluo felizmente, não me venham em falar de transtornos de personalidade ou transtorno dissociativo de personalidade. Descansa essa vil mente patológica, faz favor! Dá-te o luxo de esquecer, pelo menos até o ponto final, que estudas tal faculdade. Não faz mal perder as faculdades mentais, vez em quando, se te pões limites indolentes e adolescentes (risos).
       É este o louco mundo em que parei e pirei, leitor, meu caro leitor. Mundo de máscaras, vida de Óperas. Como resposta a tudo isto, tentei ser a mais transparente possível, ser eu mesma espontaneamente na tentativa de tudo ponderar e não aceitar o que manda o figurino. Porra de figurino! Primeiro palavrão! Muito bem, Rhaíssa! E o que vão pensar ao ler isto? Ora, vão pensar que talvez eu nem importe com o que eles pensam. Engano, famoso engano! E não é que me importo? E por tanto me importar é que insisto em não parecer que me importo. Foi talvez inconsciente, diriam teorias psicanalíticas. Para proteger uma frágil e romântica menina, fez-se a maluca e mascarada Rhaíssa. Gosto das duas e não pretendo perder nenhuma delas, meu leitor amado (risos). Amadurecimento, transposição de fases, menina-mulher. Uma parte da Ópera da vida que escuto vendo a linda mágica das máscaras.

 
[Ia colocar uma foto minha ao invés de música nesta Ópera-bufa que finalizaria no paradoxo em não ter música! Mas, ser técnica em desinformática não ajudou e o Acaso me soprou a ideia de colocar o que me deu a ideia em escrever tais linhas. Une chanson de Julien Doré; celui que lui aussi confronte le monde de masques de sa propre façon avec passion et humour].


                                                                                                                          Rhaíssa.

13 comentários:

  1. Jurava que o vídeo era "Elephant gun" hahaha ;)

    - Dany.

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  2. eu ADORO seu estilo de escrita, acho lindo como você se expressa bem! agora que você mencionou, realmente a influência é clara, outro ponto positivo ;)
    "E por tanto me importar é que insisto em não parecer que me importo" foi um trecho que me descreveu perfeitamente, vou usar pra vida agora, hehehe
    ótimo post, como sempre! :D

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  3. Muitíssimo obrigada Dani Ella. Teu nome diferente, ou pelo menos pela organização com que eu o conheço, já me faz pensar que tens algo de diferente também ;)
    Sobre trecho, como eu digo pra minha amiga: bate! Somos duas, mesmo que de formas diferentes, rsrsrs. E use sim, todo seu.

    Muito obrigada, meu bem. Que bom que sempre vens ler também =)

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  4. Danyelle, Dany! Se fosse Beirut, ia ser bem previsível né? Não sei, nem pensei na hora. Tô na fase de conhecer as músicas Julien Doré; com música, fico meio que viciada durante um tempo sabe? E depois ganha meu gosto, gosto mesmo.

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  5. ...e a orquestração é excelente! hahah
    As "duas" meninas estão presentes nesse texto, certo? E ao mesmo tempo em que uma delas segue uma influência um tanto realista, a outra dá uma certa suavidade às suas palavras, tornando o texto não apenas bonito, mas também "bonitinho", talvez principalmente pela sua conclusão.
    Gostei muito! :)

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  6. Excelente orquestração? Que ótimo que goastastes, mesmo *.*
    Mas, leve em conta que o silêncio também é um bom maestro. Se faz presente quando precisamos escutar certos sons que não entendemos.

    Cláudio e Claudinho, a Rhaíssa e a rhaissa muito te agradecem pelos bilhetinhos e elogios, rsrsrs :)

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Minha cara recitadora, escritora e menina-mulher dos cachinhos dourados... Nossos pensamentos são tão complexos... Falamos, debruçamos em nós e em nosso redor as emoções mais explícitas de nossas almas. Que estão à flor da pele pedindo para serem jogadas aqui, escancaradas para nos aliviarmos...

    Mas afinal o que importante? Não é o por do sol? E o arco-íris? E o sorriso numa criança? E um abraço de um amigo que não via há 1 ano ou 2 se não me falha a memória? E um almoço em família? E as belas e inesquecíveis gargalhadas às 2 horas da manhã (xiii... mais baixo, ninguém pode acordar!)? hehehe

    E nos achamos tão complexos e queremos viver de forma tão simples... Então seria ser simples a mais complexa e bonita forma de viver? Ah, que pensamentos mais engraçados estes. Nos vemos como compostos e no fim queremos ser apenas um sujeito simples.

    Um dia o meu desejo é deixar de me perguntar o porquê de tudo e sim acreditar que "nada sei" e de que adianta saber? E que o importante é viver cada detalhe mas sem se preocupar com nada mais além que minha diversão e dos meus amores. (Mas sei q é difícil! Ah nossa mente veloz...)

    Bjooos ;*

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  9. Claro e delicado...adoro um bom relato de pensamento! Ganhou mais uma leitora! Parabens! =)

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    1. Ounn, Zilda, muito obrigada, meu bem... Pelos elogios e por eu ter ganhado mais uma leitora. Seja bem-vinda!

      ;)

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  10. Demorei para fuçar os textos mais antigos! Nossa, é incrível como você me lembra a mim mesmo tantas vezes! Adorei a forma como você conduziu meio que uma conversa consigo mesma, e me divertiu ainda mais a forma como você pede antecipadamente desculpas pelos nós que vai nos dar ao mesmo tempo que se prepara para nos enlaçar com os teus enigmas epistemológicos, o que leva a crer que o pedido de desculpas faz parte da armadilha desde o princípio!!!

    Bom, senhorita, irei parar por aqui porque me conhecer. Se começar a falar tudo o que quero, criarei um blog inteiro apenas para comentar o teu! Mas sempre qui tiver tempo vou fuçar aqui...e ali...e acolá...

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  11. Demoraste, mas chegaste, enfim, marujo. Bem-vindo! rsrs
    Néé? Temos uma irmandidade e até cumplicidade literária. Muito curioso. Como pode ahnn? Por isso, ainda podemos escrever algo juntos, disso tenho convicção, ou até mesmo atuar ou sei lá mais que o que a ARTE envolva.

    Percebeste meu enlace? Fica feliz de estar enlaçado e ter consciência disso. Eu também, muitíssimo feliz. Era meu intento.

    Sabes que não escondo apreço quando ganho comentários teus. São sempre bem-vindos e com carinho lidos. Principalmente por seres leitor tão perspicaz e veemente deste blog. Leitor, meu caro leitor.
    Muito obrigada.

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