sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ensaio sobre a loucura

[Escrito não como quem lhes joga indiretas, mas dedicado, como quem especialmente a estes mostra, em ordem alfabética, a: Arienne, Camila Maria, Juliane Souza, Katienne, Luciano Monteiro, Stephany e Zelando também dedicatórias a todos que assim desejarem].

     Sinceramente não sei ao certo que sensação este título te provocou, caro leitor. Vê bem que o meu intento está longe de te causar medo ou susto. Aceito o riso já que com certeza daria gargalhadas "contigo", mas ponha-te limites. Sabes que eu preferiria teu sorriso de compreensão.
      Toda esta construção de conhecimentos nada facultativa da Faculdade de Medicina é um tanto enriquecedora e necessária, verdade seja dita. Mas, como já me falavam: é preciso ser um pouco louco para enfrentar tal desafio. [Breve parênteses, ou chaves ou até Seu Barriga já que não são tão breves, para dizer que estou numa louca confusão para escrever tudo isto; p a l a v r        a     s  nã   o  sae    m  fa  c i     l ment                  e]. Com toda sinceridade, digo que assumo essa tal "loucura" da qual tanto tenho sido acusada. Assumo sorrindo, leitor desmedido, e até, como se diz nos tais 144 caracteres, jogo da velha rindo alto (risos). Advinhas por quê? Não, eu não estou rindo de mim mesma. E não, não penses que eu vou explicar tudo, meu bembem. Ei, já te perdeste? Pega tuas sapatilhas, vamos ensaiar!
      Gosto de acreditar no ser humano e suas faces com alma, espírito e corpo. Disso tudo, podia já retirar um resumo bem fascinante, dito mente. A mente humana, ao meu ver, leitor leitor, não pode ser limitada somente ao que vê; ela cria e com capacidades totalmente inimagináveis. Boa antítese, não? Criações inimagináveis da mente (risos)! Então, atando as pontas mostradas... O estudar enfadonho de tudo tão medicalmente real provoca na mente desta que escreve, e escreve propositalmente de forma confusa para que entendas um pouco o que se passa aqui dentro, uma talvez gostosa "loucura". Até Anna Freud convido pra me defender. Ela descreveu os chamados mecanismos de defesa do ego, leitor nada leitor. Vê o argumento que ela emprestaria sob criação minha, por certo. Minha mente aprendeu a gostar de criar, lendo livros, vendo filmes, ouvindo músicas ou mesmo prestando atenção numa aula de Patologia, e. g.. Inventa de tudo e se defende do mundo, fazendo piada de tudo ou até mesmo escrevendo; são mecanismos de defesa que encontrei e com os quais até rimei.
      Que tal? Pegaste a coreografia? Não? Devem ser estas sapatilhas velhas, desgastadas que te calejam. Calma, tome estas novas. Mas, precisas de ensaio e principalmente de sensibilidade. Ouve a música que a tua vida toca, leitor desengonçado. Olhe a ti mesmo no espelho para enxergar-te um pouco mais. Vê? Também estou tentando.  Percebe agora que julgamentos enfadonhos enfadonham enfadonhamente e subjulgam os julgados. Diriam, o que é ser "louco" afinal, tresloucado amigo, não é, Bilac? Onde estaria o limite do normal, patológico e quem sabe, até do genial? Isto tudo é tão subjetivo que eu prefiro calçar minhas sapatilhas, e o meião, e pôr a saia, melhor, quero agora um tutu e...

                                                                                                                             Rhaíssa Bentes Leonel

13 comentários:

  1. E... acabou? Cadê??? Já estava viajando aqui... ;)

    Obrigada linda, amei o texto,não parece q foi apenas dedicado, mas FEITO pra mim, tb me sinto assim muitas vezes e tenho vontade de convidar as pessoas pra calçarem as sapatilhas cmg. Parabéns bonequinha. :*

    ARIENNE

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  2. Eu quero outras sapatilhas e continuar ensaiando. ;)
    Pode ser?
    ;*

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  3. Poxa, Stephany. Eu juro que eu segurei o choro depois de ler teu comentário. Não sei nem porque.

    É claro que pode ser, amiga. Acho que contigo combinam as rosinhas, de um tom bem clássico. Daquelas que têm as fitinhas para arramar nas pernas, sabe? São as que combinam melhor para pessoas altas.

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  4. Ainn Arienne, meu bem. Muito, muito obrigada.

    Eu imagino mesmo como deves te sentir, amiga. Chega uma hora que tu não tá mais nem aí, que precisa ensaiar mesmo que sozinha né, amiga?

    Mas, eu to aqui. Vamos "loucas" juntas, e juntas "loucas". Bate, amiga, hahahahaha

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  5. Me fizeste, querida escritora, refletir sobre um pouco da loucura que tenho em meus pensamentos. Será que as outras pessoas vêem a mesma Camila que eu vejo quando olho no espelho? Quer saber não interessa, cada pessoa vai pegar de min o melhor que a minha loucura tem a oferecer (risos)
    Ps: escrito no estilo de uma menina que parece que nasceu no século errado ; )


    Camila Batista

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  6. Como se faz pra consertar Camila?! Simplesmente não se conserta, não se mexe. Ela é perfeitamente ela assim, não é meu bem? Não interessa mesmo, até porque nem todos estariam preparados para conhecer o outro completamente.
    Cami, tu és muito especial pra mim. Soou bobo né? Mas, é isso; agente se parece em muitas coisas de forma diferente. Duas maluquinhas, certo? (risos).

    É Cami, sou perdida no tempo mesmo, faz parte. Talvez pra lembrar os outros deste século de algumas coisas um pouco esquecidas ;)

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  7. Certa vez o poeta escreveu:

    "De tudo, ao meu amor serei atento
    Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
    Que mesmo em face do maior encanto
    Dele se encante mais meu pensamento

    Quero vivê-lo em cada vão momento
    E em seu louvor hei de espalhar meu canto
    E rir meu riso e derramar meu pranto
    Ao seu pesar ou seu contentamento

    E assim, quando mais tarde me procure
    Quem sabe a morte, angústia de quem vive
    Quem sabe a solidão, fim de quem ama

    Eu possa me dizer do amor (que tive):
    Que não seja imortal, posto que é chama
    Mas que seja infinito enquanto dure."

    Palavras do poetinha Vinícius de Moraes em seu "Soneto da Fidelidade.

    Confesso sem cerimônias que me fez derramar, não uma, mas muitas lágrimas de meus olhos. Mas assim como Vinícius de forma belíssima e completa escreveu o soneto acima, faço minhas as palavras dele e tento expressar em lágrimas e sorrisos o que senti ao navegar por seu blog.
    Li todos os seus textos, todos os comentários de seus visitantes e sua s respostas.
    Nesse momento, só posso dizer que li em suas palavras, toda a sua trajetória de, amadurecimento, crescimento, muito estudo e leitura. Parabéns filha. Vc cresceu e amadureceu. Te amo incontestavelmente, hoje, amanhã e sempre, MUITO. Beijão enorme do seu admirador, nada anônimo e nem secreto. Seu pai

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  8. Tirei um tempinho pra ler esse post e acabei lendo o blog inteiro! Gostei muito.. è meraviglioso como escreves. É muito bom ler, conhecer e me perder em seu mundo complexo, especialmente porque no seu mundo vejo um pouquinho do meu. Precisamos ter maturidade e responsabilidades tão grandes que apenas uns poucos com a nossa idade podem entender. Somos exigidos de maneira intensa e nem sempre podemos corresponder da maneira que esperam.. Não somos mais loucos que os outros, talvez menos compreendidos, só precisamos ser quem somos e tudo vai ficar bem.

    Bjão imenso como o céu!

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  9. Loucos somos todos, Rhayssa. Uns mais; outros, menos... Se não fosse assim, como explicar a sordidez presente em cada ser humano? Individualista, ganancioso, hipócrita, soberbo, o homem se considera superior a todos os outros animais ou formas de vida presentes na Terra. No entanto, este planetinha parece bem cansado com a nossa estada aqui. Portanto, só a loucura poderia consolar-nos. Um abraço forte e obrigada por mandar-me tão interessante texto.

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  10. A princípio, queria dizer que agora neste momento não irei responder a todos os três bilhetinhos acima deixados. Tenho de pedir desculpa pra vocês e pra mim mesma, que to morrendo de vontade de responder já. Foram muito muito carinhosamente recibidos por mim, mas se eu começar a responder todos, eu não saio mais daqui deste blog. Iria começar a reler meu post, escutar mais uma vez a música, reler os comentários para responder... E vai mais um dia dedicado a esta minha "loucura" literária, rsrsrs.

    Meu papai.
    Realmente obrigada por me dedicar este soneto de fidelidade e a sua própria fidelidade. Eu também segurei o choro lendo seu comentário tão lindo e carinhosamente escrito. Você sabe né pai que você tem total "culpa" de eu ser assim. Foi você que começou a me mostrar boa música, boa poesia, bons filmes e bons livros. Ai, quando eu fico toda empolgada pra ver as peças de teatro maluquinhas daí de Bh, agora você entende melhor certo? rsrs

    Olha pai, tudo o que você falou sobre meu amadurecimento e trajetória é como se fosse uma benção sua de aprovação nesse meu casamento com minhas coisinhas literárias. Sabe? Que nem quando o pai vai entregar a noiva e ali se dá conta de tudo que aquilo representa? Nossa, e eu me dou conta da importância disso. É como se eu desse um suspiro de alívio: é, meu pai tá aqui sim! E obrigada por tudo, papai.

    Por você também também digo um nada anônimo nem secreto: eu te amo.

    beijo e um xerinho. Sua filha caçula, a leãozinho =)

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  11. Ao Fernando, meu companheiro de blogs ^^

    Muito muito feliz estou em saber que um post te levou aos outros e que principalmente, gostaste de tudo isso. É um complexo mundo mesmo no qual até mesmo eu me perco, rsrsrs.
    Concordo contigo sim, meu bem. Sinto que muitas vezes não correspondo bem da maneira que esperam. Sinto-me muito imatura pra essa Faculdade. Alguma coisa desandou desde que eu sai da escola. Devia estudar muito mais. E por outro lado, sinto que não estou deixando minha vida passar sem subir a bordo como acontecia antes. Mas, sim, como tu me disseste, Fernando... "Só precisamos ser quem somos e tudo vai ficar bem".

    Um abraço com ternurinha =)

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  12. Professora Marilice,

    Concordo com você. É uma loucura totalmente necessária à sobrevivência neste "louco mundo" que afinal é criado por nós.
    Louca coragem a todos, então! A você e a mim também, principalmente.

    Que bom que lhe agradou o texto lido, mesmo parecendo uma dança meio desengonçada, rsrs.

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