segunda-feira, 30 de abril de 2012

Pouco muito


E quando palavras te faltam, e os cachos te enlaçam
E quando dizer não é significar, e significa o que digo
E quando labirintos espelham folhas que refletem luz obscura
E quando os fardos estão fartos deles mesmos que querem cair
E quando se sabe o que quer, e querer sem querer é belo saber

É quando prefiro a canção que acalenta e afaga
Que ad verba o paradoxo do refrão vi(scer)tal.

                                                                                                                         Rh.

7 comentários:

  1. E quando a mãe fica sem palavras com tudo a filha escreve????

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    1. É quando ela também percebe que, além das palavras, há sentimentos muitas vezes pouco compreendidos.

      Te amo, mãe

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  2. Com a colher, colher de pau na mão
    A menina Miragem remexe o caldeirão
    Que será que simboliza esse tal de caldeirão?
    Simboliza, não, pois é
    O Seu próprio coração
    Mexe, arranja e tempera
    Tira logo uma poção
    Bebe tudo, guti-guti
    Sorve, quente, uma paixão.

    Demorei pra comentar porque estava querendo captar a essência da coisa. : )

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    1. Bem, muito obrigada pelo poeminha. VOu tentar responder à altura desta essência. Lembre-me se eu fugir.

      Provei do teu poeminha também. Muito saboroso, obrigada, meu caríssimo leitor.
      Talvez ainda esteja faltando algo nesse caldeirão. Certamente, é preciso curso de culinária, conhecer boas receitas...
      Sim, bem quente. É tudo caldeirão. Melhores sabores vem com a colher que mexe.

      Guti-guti.

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  3. E quando o mundo te mostra inteiro e você continua sozinho...

    E quando escrever já não é passatempo, é terapia...

    E, nossa, que desejo estranho. Que vontade louca de pegar meu lápis, meu caderno e voltar pra mim mesmo. Que saudades de mim.

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    1. Solitude tão somente. No final, teremos só a Deus e nós mesmos.
      Terapia que seja. Totalmente necessária. Assim seja.

      Que teu desejo apaixonado em escrever seja aqui encorajado. Bradar ao lápis e ao papel o que tanto explode aqui dentro. Saudade profunda de si mesmo...

      E quando nos lembramos do "ser" que se confronta com o que fazemos
      E quando a essência deve reinar pra que sejamos nós mesmos.

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