sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ouisense.

[Atenção: o Ministério do Desgoverno AD VER TE que este post pode não ser recomendado para menores de Imaginação. Caso sintomas como "a Rhaíssa tá louca", "nunca mais vou ler esse blog" persistirem, procura um bom livro].

    Pró logo. Até o logo, foi este e assim será, já que mal está sendo e mal começando a ser, o mais extravagante. Das palavras truncadas e merecidas, das pesquisas buscadas, das viagens colocadas, das fotos prendidas, dos tempos encontrados. Do ato experimental leitor e escritor.       

                                                                                                             [Glu, glu, Dadá. Em Tzara]
  Nonsense? Tem de realmente não ter sentido para ser sentido? Tem de ser controladoramente aceito, racionalmente pensado para que eu? Leia o nada, Tristan, compreendo tudo.


E isso, nada ou tudo, elevado ao Cubo? Dali, Logo.

Ser supera ter
Crer acima de entender

Teatro, pintura, livro, dança, música, cinema, escultura que te fazem girar
Crescer-te
Em nuvens

Tivesse de tudo em ser metal
Graça tinha em ser irreal?
Que podem cair lágrimas por crer
Pouco importa como
Crer no quê se vê
Coração

Faz-se alma
Real imaginação.

                                                                                                                   [Bubble toes]
"Elle demeura ainsi, prolongeant délicieusement son séjour au Pays des Merveilles, tout en sachant qu'il lui suffirait d'ouvrir les yeux pour retrouver la banale réalité". Alice au Pays des Merveilles, de Lewis Caroll.

     Dedos escrevem, abrem livros. São todas cores, brilhos, cheiros. Herança dos olhos azuis. Versão letrada do Brasil falta. Surrealismo não.

     Por que? Vi tantas e repetidas repetidas repetidas. Exercício ministerial. Ver-te, perto. Além, além. Bem além de mim dizer porque o amei além. Sigur rós.

Fim do post(e). Que sentido queres?


                                                                                                Rhaíssa Bentes Leonel.
                                         


2 comentários:

  1. Achar que você está louca é até aceitável. Faz muito sentido rotular como loucura aquilo que aparentemente não faz sentido. Afinal, como saber o que se passa abaixo desses longos e belos cachos? Sempre adotamos a explicação mais simples e lógica, que nesse caso é: ela sobe, ela desce, ela dá uma rodada, ela está descontrolada.
    Inaceitável seria deixar de ler por achar loucura. Sinceramente, se o inaceitável for o sintoma a persistir, a melhor indicação não seria um bom livro, mas o pior deles.
    "Ser supera ter" deveria ser cláusula pétrea na Constituição vital de qualquer criatura que queira incluir-se em nossa singela "panelinha" chamada humanidade.
    "Crer acima de entender" é a parte mais interessante, pois é ponto de discordância para esse que aqui escreve. Tento não julgar quem vive dessa forma, mas entendo - e não creio - que o entendimento responde muito melhor o que quero saber; deixa-me mais próximo do que entendo - e não creio - ser a realidade, apesar de o real nem sempre ser bonito, atraente e interessante. É claro que eu não entendo tudo o que quero entender, mas crer sem entender sempre foi uma opção distante. Sim, crer também é um caminho pra mim, mesmo que bloqueado pelo muro do ceticismo, pois fechar as portas para as possibilidades é que não faz sentido nenhum.

    Ps: Ser levado da plena concordância à total discordância em apenas 7 palavras me fez sorrir. Por isso, 7 vezes o entendimento aparece no que escrevi em variadas formas. É de entendimento que precisamos, acima de tudo, mesmo que discordemos. ;-)

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    Respostas
    1. Caro leitor suspostamente Anônimo, rsrs.

      Escapismo fácil seria rotular tudo isso numa loucura, não achas? Ficaria triste por esses, mas até que eu dançaria o funk junto, hahahaha
      Que bom que não pensaste assim, que minha aparente "loucura" o afastou. Era o meu maior medo pra todos os leitores, pra falar a verdade, rsrs.
      Desejas o pior livro a quem persistir o sintoma de não querer ler o blog? Mas, não! Não é preciso ser má ou prepotente. Um bom ajudaria mais, não? rsrs

      Com certeza, uma máxima que devia a todos guiar. Ser supera ter. Bom é que concordas ^^
      Sobre "crer acima de entender"... Interessante teu ponto de vista e de discordância comigo. Mas, faz bem sermos amigos próximos e de boas discussões. Assim, um realista um pouco cético pode contrabalancear uma sonhadora romântica e vice-versa. O equilibrio nos ajuda mais, não?
      Posso ajudar a abrir algumas portas para acreditar no que não se entende necessariamente.
      Mas, acredita. Eu faço questão de entender muita coisa. Principalmente assuntos da faculdade, rsrs. Não sou de decorar, preciso entender, desenvolver meus caminhos de pensamentos, minhas conexões e sinapses.

      E entender o que se crê? Parece fazer bem também. Convidativo? ;)

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